Em primeiro lugar, vale salientar que a vida muda depois de uma pandemia. Esse trauma coletivo nos fez (e ainda faz) repensar uma série de coisas. Depois de dois anos em casa, finalmente o retorno à vida. Ando pelo campus de Manguinhos aproveitando cada minuto, apreciando cada árvore e cada som. Observo, penso e reflito sobre o valor das coisas, do privilégio de estar nessa instituição que tanto promove à ciência e, ainda, vacinado com duas doses produzidas em Bio-Manguinhos.
Divagações à parte, o trabalho na Base continua. Dessa vez, mergulhamos nos arquivos do Fundo COC à procura de documentos e itens que contem-nos mais a história da instituição e que nos sirvam de comprovações de determinados marcos institucionais. Por agora, a maioria encontrada é de documentos de referencia, convênios e algumas cartas. Encontramos também alguns regimentos e textos interessantes. Um desses textos, o Projeto Manguinhos, foi uma feliz surpresa encontrada. Embora não se encaixe em todas as medidas para os fins da base, ter em mãos um documento que conta toda a história do Campus de Manguinhos (e com tantos detalhes!) é enriquecedor. Além disso, descobri, a partir deste projeto, que Manguinhos é um importante sítio arqueológico, o que me fez pensar nas várias camadas de ocupação urbana e no tanto que já modificamos a cidade. A história, portanto, é viva. Caminhamos sobre ela, e o Arquivo é uma forma de acessar o enredo e as memórias de um determinado lugar.
Sobrepusemo-nos em camadas e elas se manifestam na materialidade do espaço, nas dinâmicas intrínsecas à vida.
Com relação à busca de documentos, o próximo passo é trocar a estratégia e fazer uma busca no Arquivo Intermediário e revisitar minhas origens na Fiocruz.
Até breve!