Linguagem markdown e HTML para formatação e edição de textos no AtoM

Se você já navegou na internet, certamente já se deparou com a palavra”HTML”. Mas o que exatamente isso significa? HTML é a sigla para HyperText Markup Language, ou Linguagem de Marcação de Hipertexto, em português. Em termos simples, é a linguagem que usamos para criar páginas da web. Pense no HTML como a estrutura básica de um site, o esqueleto que dá forma ao conteúdo que vemos online.

Já temos um post aqui no blog que fala mais sobre o AtoM, a base de descrição arquivística que utilizamos no Memória Administrativa. Essa base de dados permite que a customizemos de uma forma mais “amigável”, inserindo os códigos diretamente nos campos que estamos preenchendo. No começo, pode parecer um pouco complicado, mas, com o tempo, vamos pegando o jeito e explorando um pouco mais as possibilidades.

No AtoM, é possível formatar os textos também a partir da linguagem Markdown, uma linguagem de marcação simples, não tão complexa quanto o HTML. No entanto, essa linguagem, exatamente por ser mais simples, é também mais limitada.

Vamos começar por ela!

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Alguns exemplos da linguagem Markdown que mais utilizamos no Memória Administrativa:

    1. Para alterar o tamanho do texto:
  • #Título de nível 1
  • ##Título de nível 2
  • ###Título de nível 3

2. Para dar ênfase ao texto: 

  • _itálico_
  • **Negrito**

3. Para criar uma lista:

  • Não numerada: * Texto ou – Texto
  • Numerada: 1. Texto / 2. Texto /3. Texto etc.

4. Para inserir um link: [texto do link](link)

5. Para inserir imagens:  ![Texto](link da imagem)

6. Para inserir uma divisão: ——– [inserir o travessão sequencialmente]

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Agora, vamos complexificar um pouco!

Ainda é possível inserir alguns códigos HTML diretamente nos campos de preenchimento dos verbete no AtoM. Esses códigos são mais complexos, mas nos dão mais opções de formatação. As vezes, em textos longos (como aqueles que escrevemos em páginas estáticas), é mais fácil utilizar os códigos HTML, pois eles permitem uma maior organização do conteúdo que estamos escrevendo.

Códigos HTML que utilizamos no Memória Administrativa:

1. Negrito: <b>texto</b> ou <strong>texto</strong>

2. Itálico: <i>texto</i>

3. Sublinhado: <u>texto</u>

4. Para alterar o tamanho do texto:

    • Grande: <h1>texto</h1>
    • Médio: <h2>texto</h2>
    • Pequeno: <h3>texto</h3>
    • Os comandos podem ir até <h6>, sendo esse o menor tamanho.

5. Para criar um parágrafo: <p>texto</p>

6. Para inserir um link: <a href=“digite o endereço da Web aqui”>insira o texto âncora aqui</a>

    • Obs: Para inserir um link que abra em uma nova guia: <a href=”digite o endereço da web aqui” target=”_blank”>insira o texto âncora aqui</a>

7. Para centralizar o texto na página: <center>texto</center>

8. Para inserir uma imagem nos campos de preenchimento de verbete: <img src=”digite o endereço URL da imagem aqui” alt=”Nome da imagem”>

9. Para inserir uma citação em bloco: <blockquote>texto</blockquote>

10. Para alterar a cor de uma frase ou palavra: <span style=”color: red;”>Este texto está em vermelho.</span>

Pode parecer difícil, mas é só ter calma e organização!

Exemplo de como fica o preenchimento do campo para o editor.
Exemplo de como fica o texto e a página para o usuário final.

É importante ressaltar que, a depender da versão do AtoM, alguns desses códigos podem não funcionar de forma adequada, por isso é importante manter sua versão do AtoM sempre atualizada.

Até o próximo post! 🙂

 

Entendendo mais sobre o AtoM (1/2)

Após a pesquisa  sobre arquivo e funcionamento do AtoM, utilizando a Base Arch como referência, algumas definições foram esclarecidas, mas eu ainda precisava entender tecnicamente e desmiuçar a ferramenta. Novas pesquisas foram realizadas e mais conteúdo foi agregado. Explicarei o conteúdo em duas postagens.


MAS Então… o que é atom?

AtoM é uma abreviatura de Access to Memory. É uma aplicação que funciona em ambiente WEB, de código aberto, destinada à descrição normalizada em arquivos definitivos e que permite um acesso multilíngue numa organização com múltiplos repositórios integrados.

E quais são suas principais características?
1. Web: A instalação do AtoM pode ser acessada de qualquer lugar que tenha ligação à internet. Todas as funções principais ocorrem através de um navegador web, não sendo necessário a sincronização de múltiplas instalações.

2. Open-Source: Todo o código do AtoM é lançado sob uma licença GNU Affero General Public License (A-GPL 3.0) e projetado com ferramentas de código aberto (NGINX , MySQL, PHP, Symfony, ElasticSearch). Com isso, pode-se ter a liberdade de o estudar, modificar, melhorar e distribuir, sem qualquer custo.

3. Baseado em normas: O AtoM foi construído originalmente com apoio do International Council on Archives, para incentivar uma adoção mais ampla das normas internacionais. Foram construídos padrões de conformidade para o núcleo do AtoM, que oferecem modelos de edição fáceis de usar, baseadas na web, e que atendem a uma ampla variedade de padrões internacionais e nacionais.

4. Importação/Exportação amigável: Os dados nunca ficarão fechados no AtoM – Uma série de padrões de troca de metadados foram implementados para permitir uma fácil importação e exportação, através de sua interface.
Atualmente o AtoM suporta os seguintes formatos para importação/exportação de dados: EAD, EAC-CPF, CSV e SKOS.

5. Multilíngue: Os elementos de interface e o conteúdo da base de dados de todos os utilizadores, podem ser traduzidos para vários idiomas, usando a interface de tradução embutida. Essas traduções são generosamente fornecidas por tradutores voluntários da comunidade de utilizadores do AtoM.

6. Multi-repositório: Construído para ser usado por uma única instituição para as suas próprias descrições, ou como multi-repositório “union list” (rede, portal), aceitando descrições de um variado número de instituições contribuintes, o AtoM torna-se flexível o suficiente para acomodar as suas necessidades.

7. Melhoria contínua: O AtoM é um projeto open-source ativo e dinâmico, com uma ampla base de utilizadores. Os idealizadores trabalham continuamente com a comunidade para melhorar a aplicação, sendo todas as inovações disponibilizadas em lançamentos públicos.

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Na próxima publicação tratarei sobre a estruturação do AtoM e exemplificarei com um esquema, que facilitará a visualização das informações teóricas.
Todas essas informações aqui postadas foram coletadas através da documentação do sistema, que pode ser facilmente encontrada no link aqui disponibilizado.

Primeiro contato: AtoM e arquivo

Neste espaço do blog será disponibilizado todas as narrativas referentes à pesquisas, implementações e ajustes do Memória Administrativa, além de materiais e tutoriais aplicados à ferramenta AtoM.


Primeiro contato: AtoM? Arquivo?

O projeto Memória Administrativa da Fiocruz traz uma dinâmica diferenciada da Base Arch, que é o repositório de informações sobre o arquivo permanente da Fundação Oswaldo Cruz e que também utiliza a ferramenta AtoM, ferramenta essa desenvolvida pelo Conselho Internacional de Arquivos e customizada pela Casa de Oswaldo Cruz, de acordo com normas nacionais e internacionais de descrição arquivística.

Como profissional de Tecnologia da Informação e com nenhum conhecimento a respeito de arquivo, o primeiro passo dado foi buscar entender e me aprofundar na arquitetura da ferramenta AtoM, utilizando a Base Arch como exemplo de aplicação em funcionamento.
Através de treinamentos realizados na Fiocruz e pesquisa pessoal, o entendimento dos seis itens disponibilizados no menu principal do AtoM foi esclarecedor. São eles:

Imagem retirada do menu do sistema AtoM – Base Arch.
  • Descrição arquivística: A elaboração de uma acurada representação de uma unidade de descrição e de suas partes componentes, caso existam, por meio da extração, análise, organização e registro de informação que sirva para identificar, gerir, localizar e explicar documentos de arquivo e o sistema de arquivo que os produziu. Este termo também se aplica ao produto desse processo;
  • Instituição custodiadora: Registra informações relacionadas à instituição responsável pela guarda do acervo;
  • Registro de autoridade: É a descrição do produtor (entidade coletiva, pessoa ou família). O nome do produtor é classificado dentro de registro de autoridade;
  • Assuntos: Palavras-chave que determinam o assunto do documento;
  • Locais: Palavras-chave que determinam o local de origem do documento;
  • Objetos digitais: Último item da hierarquia do fundo/coleção.

Tais definições me auxiliaram muito a captar a dinâmica de funcionamento do sistema e consequentemente trabalhar com propriedade no projeto do Memória Administrativa.
Vale ressaltar que o sistema do Memória Administrativa não seguirá a mesma dinâmica, de um arquivo permanente. Com isso, precisaremos realizar algumas associações/alterações no AtoM, onde todas as tratativas serão divulgadas aqui.

O material utilizado para pesquisa destas dúvidas iniciais pode ser consultado aqui. Já o que foi produzido após tais pesquisas, pode ser consultado aqui.

Até a próxima publicação!