Inserindo imagens das Unidades na Base!

Os trabalhos na base continuam avançando!  De modo a deixar a base visualmente mais agradável, decidimos inserir as imagens das unidades em tamanho e proporção padrão (3×4), juntamente com uma moldura em preto e branco, simples e minimalista. Dessa maneira, as imagens, na medida em que partilham da mesma identidade visual do site, parecem estar mais inseridas no “ecossistema” da base Memória Administrativa.

No caso do verbete da Casa de Oswaldo Cruz, ficou dessa maneira:

Moldura em preto e branco na imagem inserida na Base.

Para fazer isso, seguimos o seguinte passo-a-passo utilizando o programa gratuito “PhotoScape X” (disponível  para Windows e MacOS):

  1. Em primeiro lugar, abra  a imagem no programa;
  2. Sem seguida, selecione a aba “editor” e corte a imagem na proporção 3×4 utilizando a ferramenta “cortar” (localizada no canto superior direito da tela);
  3. Após isso, basta inserir a moldura clicando em  “MOLDURA > BORDAS” e selecionando a largura de 2%;
  4. Insira, primeiro, a moldura BRANCA;
  5. Clique em “MESCLAR”, localizado no canto inferior direito da tela;
  6. Insira, então, a moldura PRETA nas mesmas configurações da branca;
  7. Depois disso, a imagem está pronta e é só salvar. 😁

Caminhando pelo Brasil através da Fiocruz!

Finalizei algumas primeiras etapas, tais como inserir os itens digitalizados nas suas respectivas unidades e colocar, em cada uma delas, uma foto de capa (ou, em termos arquivísticos, vinculei um objeto digital à cada uma das unidades!). Esse processo tem sido repleto de acasos felizes e descobertas, tanto no que tange a presença da Fiocruz em minha vida e as ações dela no decorrer da história da Cidade do Rio de Janeiro e do Brasil.

Para aqueles que achavam, como eu, que as ações da Fiocruz resumiam-se ao zé gotinha, vacinas e promoção da saúde, vos digo: estávamos parcialmente certos. Estas são políticas fundamentais da instituição, mas a Fiocruz é um mundo muito além disso. Ao colocar os itens das unidades na Base Memória Administrativa, percebi o quanto a instituição se espalhou (felizmente!) pelo Brasil inteiro, e cada unidade desempenha uma função mais ou menos específica de acordo com o contexto que se insere.

Há unidades da Fiocruz na Amazônia, Mata Atlântica, Brasília, Paraná, Petrópolis etc. Algumas mais e outras menos escondidas, mas todas desempenhando importantes ações locais de promoção da saúde, desenvolvimento e inovação tecnológica, realizando pesquisas e popularizando a ciência. Realizando este trabalho na Base, viajei o Brasil inteiro através da história da instituição. Cartola disse que precisamos nos encontrar, mas acho que, nesse caso, o bom mesmo foi se perder…

Espero que a Base, quando pronta, possibilite essa mesma sensação aos seus usuários. Cada Unidade possui uma foto de capa, que colabora para um exercício imaginativo do universo físico em que os documentos se encontram. Além disso, estamos trabalhando em termos para a indexação dessas coleções, isto é, palavras-chave que consigam resumir as missões, valores e visões de cada unidade. Encontrei uma ferramenta muito útil para isso, um finder no site dos descritores em Ciência da Saúde (https://decsfinder.bvsalud.org/dmfs) e tenho contado com a ajuda primordial (Obrigado, Marise Terra!) de pessoas da Casa de Oswaldo Cruz.

A montanha mágica: iniciando um novo ciclo!

“O tempo não tem natureza própria, em absoluto. Quando nos parece longo, é longo, e quando nos parece curto, é curto, mas ninguém sabe em realidade a sua verdadeira extensão” (MANN, Thomas. A montanha mágica.)

Depois de um tempo de isolamento, reflexões e aprendizado, retorno à Fiocruz não mais como estagiário, mas, sim, como bolsista. Estes vínculos, no entanto, não se diferem apenas pelos termos gramaticais ou burocráticos. Encontro-me diferente, em um novo ciclo de vida e empenhado para realizar um novo trabalho. Agora, tendo finalizado a graduação em Ciências Sociais, curso mestrado em Antropologia e encaro novas responsabilidades e desafios. 

A Pandemia do novo Coronavírus fez com que tudo se interrompesse abruptamente. Ninguém sabia o que ia acontecer e nem por quanto tempo duraria. Deixei meu estágio na Fiocruz em um dia fatídico que mais se assemelhou a um naufrágio. Larguei tudo para trás: livros, canetas, anotações, minha caneca da COC e uma rotina organizada. O estágio passou a ser remoto, bem como a faculdade e todas as outras atividades. A vida se transformou: sai da cidade para recolher-me nas mesmas montanhas em que Hans Castorp se isolou: distante, angustiado, reflexivo e saudoso dos colegas e da rotina. Em meio ao novo normal, me formei na graduação em dezembro de 2020 e finalizei, paralelamente, meu primeiro ciclo na Fiocruz. Depois disso, foram 8 longos meses de angústias e incertezas, um tempo relativamente estranho.

A oportunidade de retorno à Fiocruz ocorreu exatamente quando iniciei o curso de Mestrado, em meados de setembro de 2021. Mesmo sendo um cético do destino, ainda acredito que, por vezes, as coisas têm seu lugar e hora para acontecer. E cá estou, iniciando este meu segundo ciclo na instituição! Sinto uma ótima sensação e honra em fazer, novamente, parte da COC. 

Desta vez o projeto será um pouco diferente: farei parte da equipe que busca implementar a Base Memória Administrativa, acervo este que buscará contar a história da instituição a partir da documentação produzida nela. Na primeira etapa, já concluída, fiz o upload dos arquivos já digitalizados e separados a partir de suas unidades produtoras. É um imenso privilégio fazer parte dessa empreitada e me deslocar para a história da instituição a partir de sua documentação. Mal vejo a hora de retornar (com os devidos cuidados e ainda respeitando as medidas de prevenção contra o Coronavírus) ao regime presencial, de ter meu tempo, novamente, preenchido com trocas humanas, longas e curtas; de entrar no Arquivo e na história tão especial da Fiocruz a partir de seu próprio ambiente, de poder recuperar minha caneca outrora deixada como símbolo de que o retorno, em algum tempo, ocorreria. Que este novo ciclo seja um tempo rápido pelo prazer naquilo que faço, e longo em sua extensão cronológica!

Nova etapa do projeto!

Depois de algum tempo sem atualizações por aqui, devido a dificuldades para continuidade das etapas previstas pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19, retomamos as atividades do projeto e a atualização do blog para compartilhar dúvidas, soluções e aprendizados do projeto Memória Administrativa da Fiocruz.

Depois de um ano de trabalho com a colaboração de dois bolsistas, conseguimos finalizar a customização do AtoM para a proposta de uma base de dados com verbetes sobre a trajetória das Unidades da Fiocruz, assim como iniciar a alimentação desses verbetes com informações coletadas por pesquisa no Arquivo da COC, entre outras fontes de informação mapeadas. Também uma primeira versão do texto de orientação da Metodologia foi finalizada neste primeira etapa.

Nesta nova fase contamos com um novo colaborador (bem-vindo, Gabriel! 😉 ), e a ideia agora é testar e aprimorar a metodologia criada, além de nos dedicar a ampliar a pesquisa documental e inserção de documentos no AtoM Memória. Outra meta é incorporar os mecanismos de indexação dos conteúdos, de maneira a melhor recuperar seus conteúdos. Assim poderemos, em breve, disponibilizar a versão final da metodologia aprimorada, e ampliar o convite a outros atores que possam fazer parte da alimentação descentralizada desses verbetes da Fiocruz!

Entendendo mais sobre o AtoM (1/2)

Após a pesquisa  sobre arquivo e funcionamento do AtoM, utilizando a Base Arch como referência, algumas definições foram esclarecidas, mas eu ainda precisava entender tecnicamente e desmiuçar a ferramenta. Novas pesquisas foram realizadas e mais conteúdo foi agregado. Explicarei o conteúdo em duas postagens.


MAS Então… o que é atom?

AtoM é uma abreviatura de Access to Memory. É uma aplicação que funciona em ambiente WEB, de código aberto, destinada à descrição normalizada em arquivos definitivos e que permite um acesso multilíngue numa organização com múltiplos repositórios integrados.

E quais são suas principais características?
1. Web: A instalação do AtoM pode ser acessada de qualquer lugar que tenha ligação à internet. Todas as funções principais ocorrem através de um navegador web, não sendo necessário a sincronização de múltiplas instalações.

2. Open-Source: Todo o código do AtoM é lançado sob uma licença GNU Affero General Public License (A-GPL 3.0) e projetado com ferramentas de código aberto (NGINX , MySQL, PHP, Symfony, ElasticSearch). Com isso, pode-se ter a liberdade de o estudar, modificar, melhorar e distribuir, sem qualquer custo.

3. Baseado em normas: O AtoM foi construído originalmente com apoio do International Council on Archives, para incentivar uma adoção mais ampla das normas internacionais. Foram construídos padrões de conformidade para o núcleo do AtoM, que oferecem modelos de edição fáceis de usar, baseadas na web, e que atendem a uma ampla variedade de padrões internacionais e nacionais.

4. Importação/Exportação amigável: Os dados nunca ficarão fechados no AtoM – Uma série de padrões de troca de metadados foram implementados para permitir uma fácil importação e exportação, através de sua interface.
Atualmente o AtoM suporta os seguintes formatos para importação/exportação de dados: EAD, EAC-CPF, CSV e SKOS.

5. Multilíngue: Os elementos de interface e o conteúdo da base de dados de todos os utilizadores, podem ser traduzidos para vários idiomas, usando a interface de tradução embutida. Essas traduções são generosamente fornecidas por tradutores voluntários da comunidade de utilizadores do AtoM.

6. Multi-repositório: Construído para ser usado por uma única instituição para as suas próprias descrições, ou como multi-repositório “union list” (rede, portal), aceitando descrições de um variado número de instituições contribuintes, o AtoM torna-se flexível o suficiente para acomodar as suas necessidades.

7. Melhoria contínua: O AtoM é um projeto open-source ativo e dinâmico, com uma ampla base de utilizadores. Os idealizadores trabalham continuamente com a comunidade para melhorar a aplicação, sendo todas as inovações disponibilizadas em lançamentos públicos.

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Na próxima publicação tratarei sobre a estruturação do AtoM e exemplificarei com um esquema, que facilitará a visualização das informações teóricas.
Todas essas informações aqui postadas foram coletadas através da documentação do sistema, que pode ser facilmente encontrada no link aqui disponibilizado.

Levantamento Histórico das Unidades – Documentos iniciais

Um dos objetivos centrais do projeto de Memória Administrativa é criar uma base de dados de alimentação descentralizada que apresente a evolução da organização interna da Fiocruz, indo do nível mais superior das unidades até departamentos, serviços, setores e projetos. Nesse sentido, fiquei encarregado de fazer um levantamento dos documentos que pudessem fornecer informações para a confecção de um histórico base para as unidades da Fiocruz.

Inicialmente comecei o levantamento a partir de documentos digitalizados oriundos de um antigo projeto da Casa de Oswaldo Cruz de 1998, também voltado para memória administrativa. Esses documentos digitalizados (a maioria em formato .jpg) tinham sido previamente divididos em três recortes cronológicos para que cada membro do projeto até então pudesse organizá-los de acordo com as unidades administrativas a qual faziam referência. Tendo recebido esses documentos, passei a reagrupar os três recortes temporais em suas respectivas unidades ao mesmo tempo que convertia os arquivos em pdf para uma melhor visualização da quantidade de itens documentais que cada unidade possuía.

Com os arquivos reagrupados e convertidos, o próximo passo era identificar as informações contidas nesses documentos e organizar estas informações em um panorama histórico de cada unidade. Para facilitar o manuseio dos objetos digitais e o fluxo de trabalho passei a categorizar as unidades em três grupos e cores de acordo com o que já havia sido feito com os documentos. Na categoria VERMELHA estariam as unidades cujos documentos só passaram pelo tratamento inicial de conversão pra pdf, na categoria AMARELA estariam as unidades cujos documentos já foram brevemente descritos, nomeados e organizados cronologicamente, enquanto que na categoria VERDE estariam as unidades em que as informações já haviam sido extraídas para formar um panorama histórico. Essa separação em diretórios que seguem as etapas realizadas e a utilização de uma tabela de acompanhamento me permitiu uma melhor visualização tanto do volume de documentos quanto do andamento do trabalho.

Quando as primeiras unidades começaram a chegar na categoria VERDE, pude perceber que, apesar de apresentarem algumas informações pontuais da história administrativa, esses documentos não seriam suficientes para elaboração do panorama proposto. Sendo assim, o próximo passo seria consultar os fundos administrativos que compõem parte do acervo documental sob a guarda da COC.

Tarefas realizadas por Cristiane de 2017 a 2019

Entre 2017 e 2018, como parte das atividades propostas para cada membro da equipe até então (Érica, Ricardo e Cristiane) fiquei com a tarefa de nomear os arquivos a partir do ano de 1970 a 1986. Foram nomeados por assunto 725 arquivos em PDF. E seguida, esses arquivos foram organizados por ano e por unidade da administração da Fiocruz.

Posteriormente das 9 Unidades identificadas (CpqAM; CPqGM; CPqRR; Asfoc; CRIS; Presidência; ICICT; INCQs; Fiocruz Brasília) compilei as informações dos documentos de acordo com a seguinte organização proposta: Apresentação/História – Documentos/Fontes utilizadas – Estrutura organizacional – Regimento – Gestores – Formas do nome – Marcos institucionais – Extinção.

Em 2019, esse material foi cedido ao bolsista do projeto, Carlos, que passou a trabalhar nesse conteúdo renomeando os arquivos e completando as informações segundo a organização proposta.

O próximo passo é verificar as caixas da COC para definir a história do DAD. As caixas já forma identificadas no documento “Planilha de Recolhimento”, falta pegar as mesmas na sala 610 para verificar o material.

Primeiro contato: AtoM e arquivo

Neste espaço do blog será disponibilizado todas as narrativas referentes à pesquisas, implementações e ajustes do Memória Administrativa, além de materiais e tutoriais aplicados à ferramenta AtoM.


Primeiro contato: AtoM? Arquivo?

O projeto Memória Administrativa da Fiocruz traz uma dinâmica diferenciada da Base Arch, que é o repositório de informações sobre o arquivo permanente da Fundação Oswaldo Cruz e que também utiliza a ferramenta AtoM, ferramenta essa desenvolvida pelo Conselho Internacional de Arquivos e customizada pela Casa de Oswaldo Cruz, de acordo com normas nacionais e internacionais de descrição arquivística.

Como profissional de Tecnologia da Informação e com nenhum conhecimento a respeito de arquivo, o primeiro passo dado foi buscar entender e me aprofundar na arquitetura da ferramenta AtoM, utilizando a Base Arch como exemplo de aplicação em funcionamento.
Através de treinamentos realizados na Fiocruz e pesquisa pessoal, o entendimento dos seis itens disponibilizados no menu principal do AtoM foi esclarecedor. São eles:

Imagem retirada do menu do sistema AtoM – Base Arch.
  • Descrição arquivística: A elaboração de uma acurada representação de uma unidade de descrição e de suas partes componentes, caso existam, por meio da extração, análise, organização e registro de informação que sirva para identificar, gerir, localizar e explicar documentos de arquivo e o sistema de arquivo que os produziu. Este termo também se aplica ao produto desse processo;
  • Instituição custodiadora: Registra informações relacionadas à instituição responsável pela guarda do acervo;
  • Registro de autoridade: É a descrição do produtor (entidade coletiva, pessoa ou família). O nome do produtor é classificado dentro de registro de autoridade;
  • Assuntos: Palavras-chave que determinam o assunto do documento;
  • Locais: Palavras-chave que determinam o local de origem do documento;
  • Objetos digitais: Último item da hierarquia do fundo/coleção.

Tais definições me auxiliaram muito a captar a dinâmica de funcionamento do sistema e consequentemente trabalhar com propriedade no projeto do Memória Administrativa.
Vale ressaltar que o sistema do Memória Administrativa não seguirá a mesma dinâmica, de um arquivo permanente. Com isso, precisaremos realizar algumas associações/alterações no AtoM, onde todas as tratativas serão divulgadas aqui.

O material utilizado para pesquisa destas dúvidas iniciais pode ser consultado aqui. Já o que foi produzido após tais pesquisas, pode ser consultado aqui.

Até a próxima publicação!

Boas-vindas

Bem-vindos ao blog do “Memória Administrativa da Fiocruz”.

Neste espaço a equipe envolvida na iniciativa pretende compartilhar sobre aprendizados e boas práticas no trabalho de desenvolvimento de uma metodologia que possibilite a criação de verbetes a respeito da trajetória da Fiocruz e de suas Unidades, com base em documentos custodiados nos Arquivos da Fiocruz, assim como em outras fontes documentais e narrativas de atores que participaram ou foram impactados pelas ações dessa instituição ao longo do tempo. Será também um espaço para trazer destaques dos conteúdos disponibilizados na base de dados “Memória Administrativa da Fiocruz“.